Apesar de
não ser nenhum gigante, este peixe se destaca por sua esportividade e valentia,
além das particularidades especiais que existem na maneira de pesca-lo. Conheça
agora o chimboré.
Apesar
deste valente peixe de água doce ser bastante conhecido como “campineiro”, sua
denominação verdadeira é chimboré. Cientificamente classificado como Schizodon nasustus, esta é uma espécie
que está longe de atingir grandes dimensões. No entanto, a esportividade que
apresenta é o modo como é pescado garantem, como já dissemos, sua posição
destacada entre as espécies brasileiras de água doce. É aí que reside seu
encanto, que apaixona o verdadeiro pescador amador. Os chimborés adultos chegam
a pesar cerca de 1 kg e atingem 40cm de comprimento, dados estes observados nos
exemplares de rios como o Paraná, São Francisco, Mogi Guassu, Paraguai e Bacia
do Prata. Apresenta coloração verde-escura no dorso, sendo que os flancos são
prateados e a barriga branca. Além disso, em toda a extensão de seu corpo e
também no rabo, o chimboré apresenta uma faixa preta, item que se constitui no
sinal mais marcante a identificá-lo. No formato de sua boca, que é pequena e
inferior, reside o segredo que causa a dificuldade para o pescador fisgá-lo.
Essa boca é muito semelhante à do curimbatá. As dicas para facilitar a pesca do
chimboré consistem na utilização de vara bem flexível, anzol pequeno, linha
fina e principalmente muita atenção da parte do pescador, já que, se ele não estiver
atento e concentrado, o chimboré vai infalivelmente lhe roubar a isca. A
alimentação desta espécie constitui-se basicamente de algas e larvas de
insetos. Na pescaria, utilizaremos como isca, além das famosas bolinhas de
massa de mandioca, talos de capim verdes, preferencialmente obtidos junto à
própria margem do rio onde estivermos pescando. A briga que este peixe
proporciona é emocionante: ele só se entrega quando está completamente exausto.
É comum ouvir os pescadores de chimborés frases como: “envergou a vara até o
cabo, fazendo a linha cantar”. Uma boa base de ceva para a espécie é, além do
capim, o milho – que deve ser amarrado em espigas e colocado no fundo do rio.
Restos de pão e queijo também dão bons resultados. Dê preferência aos remansos
perto de locais espraiados para fazer esse tipo de ceva. Uma outra
característica do chimboré é servir como isca para peixes maiores, como o
dourado e o pintado. O dourado, por exemplo, simplesmente não resiste a um
chimboré iscado pelo dorso e deixado ao sabor da correnteza. Quanto à qualidade
da carne, pode-se dizer que seu sabor agrada a alguns paladares, sendo que a
melhor maneira de saboreá-lo é frito, apesar de serem necessários alguns
cuidados quanto às espinhas, que estão presentes em grande número.
Quando eu era pequeno, pescava um tipo de lambari no açude da fazenda, muito parecido com sua descrição, e chamavam de chamborê. seria uma variação ou você conhece este tipo de lambaris?
ResponderExcluirNa verdade somente pegava na peneira quando o açude vazava pelas enchentes nunca em varinhas.
Kuringa: Os sinônimos de peixes no Brasil é um caso muito sério. As vezes, o mesmo peixe tem mais de 20 "nomes" diferentes sendo do mesmo peixe. Quando o pescador não consegue identificar qual é o peixe que está em suas mãos, acaba apelidando o mesmo à sua maneira. Mas o desenho em nossa publicação é bem fiel em formato e cor do chimboré, digamos, oficial. Puxe pela memória e veja se é parecido com o peixe de sua infância. Abraço
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