Pertencendo a família dos Pimelodidae – aliás como a maioria
dos chamados “bagres” – este peixe pode e deve ser assim classificado.
Sob a classificação popular de mandi vamos encontrar
facilmente mais de 40 peixes. Porém no caso do mandi-bandeira, sua
classificação pode ser exata, já que seu nome vulgar o descreve de maneira
simples e objetiva, não restando então duvida do seu tipo. Esse peixe, cujo
colorido é esverdeado, tem a sua nadadeira dorsal bem alta, em forma de leque,
com muitas manchas arredondadas. Encontram-se também essas manchas nas
nadadeiras adiposa e caudal. Uma outra curiosidade do mandi-bandeira é que seus
barbilhões maxilares são muito compridos e chegam a atingir a ponta de sua
cauda, que é bifurcada. Sua carne é de excelente sabor, principalmente quando
feita ensopada. Na sua pesca, tem os mesmos hábitos dos peixes de sua espécie e
assim sendo, serão as melhores iscas os pequenos peixes, as minhocas, as
tuviras e até mesmo miúdos de frango e boi, tais como coração, fígado e até
tripas. Por essa razão é que costuma ser fisgado, por exemplo, quando o
pescador amador está pescando outros peixes como o pintado, seja apoitado ou
mesmo de rodada nos poços profundos. Uma outra característica dessa espécie é
que, quando transformado em isca para outros peixes, também é excelente,
principalmente na pesca de jaús, pintados e dourados. Neste caso é comum, mas
não necessário tirar-se os ferrões, para poder isca-lo com maior segurança e
facilidade. Os locais mais comuns para fisgar-se esta espécie são os poços
profundos, corixos e locais de pedra, onde existam corredeiras e poços de média
profundidade. Aliás, os sinônimos de seu nome, conhecidos em todo o Brasil,
atestam seus locais preferidos, pois além do nome “peixe-preto” é também
conhecido como “mandi-de-pedra. Sua distribuição geográfica é extensa e pode
ser encontrado em rios da Bacia Amazônica e Bacia do Prata, sendo que nesta ultima,
pode ser citado o rio Paraguai. Quando fisgado, o mandi-bandeira briga muito
pouco e talvez essa particularidade seja por causa de seu tamanho, que atinge
no máximo 60 centímetros. Sua puxada é relativamente forte, e o melhor material
para pescar esta espécie pode ser descrito como leve, composto de vara e
carretilha ou molinete, linha 0,30mm a 0,35mm, chumbada oliva de até 50 gramas
ou mais (dependendo da correnteza do local), um pequeno encastoado de aço (não só por sua causa, que não tem dentes) e anzol 1/0. Costuma andar em cardumes e, em
se achando um bom poço onde sua presença é garantida, pode ser pescado com
vários equipamentos ao mesmo tempo, pois costuma mudar com frequência de
locais, devendo o pescador aproveitar os momentos do encontro do peixe com sua
isca.
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