sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

OS PIONEIROS DA PESCA AMADORA NO BRASIL - CASA LAMBARI













Riacho Grande é um bairro de São Bernardo do Campo. A 30 quilômetros de São Paulo, é muito procurado pelos pescadores, que gostam de comprar lá seus materiais de pesca, pois – dizem eles – os preços são melhores. Nessa afirmação, com certeza, existe muito da Casa Lambari, este tradicional estabelecimento do ramo de caça, pesca e náutica.



Publicidade da Casa Lambari na época




Fachada da loja
Fundada há 11 anos, a Casa Lambari ocupa hoje um espaço de 600 m2 à rua Rio Acima, 314/320. Estabelecida em prédio próprio e com 25 funcionários para atender seus clientes, está situada em um ponto estratégico, pois o Riacho Grande, às margens da represa Billings, em finais de semana, chega a receber 30.000 pescadores amadores, que ainda desfrutam da pesca, principalmente da tilápia, em suas margens. Seu proprietário, João Álvaro Junqueira, pode ser considerado, apesar da pouca idade (31 anos), como um dos maiores vendedores de artigos de pesca. Paulistano, “da avenida Paulista”, como ele mesmo diz, tem como fator principal de sucesso de sua loja, vender mais barato e principalmente manter o bom atendimento que é seu sistema de trabalho, o qual ele mesmo faz questão de dirigir. Diz ele: “nosso principal objetivo foi mudar a mentalidade dos pescadores amadores que aqui vinham e após olhar nossos artigos, diziam que em São Paulo, tudo era mais barato. Partindo dessa premissa, mudamos nossa filosofia e começamos a fazer concorrência direta, em termos de preço e qualidade, com as maiores lojas de São Paulo. Hoje dificilmente alguém em todo o Brasil, tem melhores preços e condições de pagamento do que nós”. “Tanto isso é verdade”, diz ele, “que dificilmente algum cliente nosso, deixa nosso estabelecimento sem fazer um bom negócio”.

João Álvaro Junqueira, diretor 

Quem visita a Casa Lambari, vai ver um comércio no mínimo interessante, pois a loja funciona todos os dias, inclusive sábado e domingo, vendendo os artigos de caça, pesca, náutica, camping e até iscas vivas, como minhocas, lavras, e outras com nome como “brigite” e “bragato”, além da tradicional erva doce, milho verde e quirera de milho. Perguntamos o porquê do nome de sua loja e João responde rápido: “porque o lambari, apesar de pequeno, é um peixe muito importante em todos os cursos d’água do Brasil, é de excelente sabor e tem em sua pesca uma verdadeira obra de arte. Esse é o princípio do nome, pequeno mas de vital importância” concluiu ele. Evidente está que João Álvaro de Junqueira é também pescador amador inveterado e tem como principal pesqueiro os rios de Mato Grosso onde tem uma fazenda na região de Barra do Bugre e, agora a boa notícia, está construindo um pesqueiro para atender aos pescadores e que começará a funcionar brevemente. Seu peixe preferido para pescar, além do lambari, é lógico, é a piraputanga. Com a maior alegria, João cita o seu trabalho junto ao pescador amador, pois segundo ele, é um ramo de negócio onde além de tudo se faz bons e duradouros amigos. Já as tristezas maiores são o fechamento da caça amadora em nosso país e a crescente poluição na represa Billings. Mas João Álvaro Junqueira tem mais a dizer, e seu recado é para as indústrias de equipamentos ligados à pesca, caça e náutica: “seria preciso, “diz ele”, que nossas indústrias tentassem fazer seus produtos com preços mais acessíveis, pois só assim teríamos um giro maior e grande parte dos nossos pescadores poderiam comprar mais e melhor”. Para finalizar, ele faz um desafio aos pescadores amadores de todo o Brasil: “se você quiser comprar qualquer material de caça, pesca, motores de popa, armas, etc, entre em contato conosco e veja se nossos preços não serão especiais aos leitores da Revista Aruanã. Com certeza vamos realizar o seu sonho”, finaliza ele.

O endereço da Casa Lambari é rua Rio Acima, 314/320 – Riacho Grande – São Bernardo do Campo – SP – CEP 09830 tels: (011) 443-6534, 451-9145 e 451-9168.

(NOTA DA REDAÇÃO: Estes dados de endereços e telefones devem ser atualizados.)




Revista Aruanã:  - Ed:16 publicada em junho de 1990

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