O major PM Rabelo é hoje comandante da Policia Florestal de Mato Grosso do Sul. Sob seu comando estão centenas de Policiais Florestais que estão ligados diretamente aos pescadores amadores que pescam no Pantanal. Vamos conhece-lo um pouco melhor.
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
OS PIONEIROS DA PESCA AMADORA NO BRASIL - MAJOR RABELO
O major PM Rabelo é hoje comandante da Policia Florestal de Mato Grosso do Sul. Sob seu comando estão centenas de Policiais Florestais que estão ligados diretamente aos pescadores amadores que pescam no Pantanal. Vamos conhece-lo um pouco melhor.
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
ESPECIAL - ECOLOGIA CABLOCA
Edição Encadernada nº1
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Um dia frio e chuvoso. A vontade de sair do conforto do lar é pouca, mas necessária. Até a vontade ser maior, pego uma edição – número 1 - da Revista Aruanã encadernada. E essa matéria me chamou a atenção, pois da data de sua publicação no Jornal da Tarde, é de 33 anos atrás e, atual como nunca. Uma lição à aqueles que apregoam o pesca e solta.
Uma verdadeira lição de pesca, ecologia e esportividade foi o que presenciei no ultimo fim de semana. Estava eu indo ao sítio, quando o avistei pescando em um pequeno córrego na estrada de Ibiúna, mais ou menos 10 quilômetros após o entroncamento com a Raposo Tavares. Pescando com uma varinha de bambu, chamou-me a atenção, principalmente pelo pequeno curso d’água. O que poderia dar de peixe? Parei o carro no acostamento, voltei alguns metros e fiquei debruçado na pequena ponte. Cumprimentos de praxe. O meu um “bom dia”, o dele apenas “dia”, com sotaque de nossa gente do interior. O popular “caipira”.
Anzol iscado com o muito cuidado e lá
foi a isca
Perto da outra margem, no lugar
mais fundo em busca do peixe.
Vou tentar descrever o quadro: o “rio” não tem mais de um
metro de largura; numa margem bastante raso, na outra um pouco mais fundo, no
máximo uns 90 cm. O homem, sentado bem no meio de uma moita de capim. À sua
direita, uma latinha de massa de tomate, com um pouco de terra e algumas
minhocas; um samburá pequeno feito por ele mesmo, de casca de bambu, simetricamente
trançado e de aspecto muito bonito; chapéu de palha e um cigarro de fumo de
corda no canto da boca, que teimosamente insistia em apagar. Ofereci um dos
meus, que foi recusado com muita educação. Anzol iscado com muito cuidado e lá foi
à isca perto da outra margem, no lugar mais fundo, em busca do peixe. Foi cair
n’água e o homem deu a fisgada, e lá veio o primeiro Tetragonopterus astianax
ou Astyanax fasciatus. Para os íntimos, lambari.
Pescando com uma varinha de bambu,
chamou-me a atenção principalmente pelo pequeno curso d’água.
Com um sorriso, como se estivesse manuseando uma peça de alta precisão, tirou o pequeno peixinho do anzol, samburá na água, e começou a contagem. Não o vi errar uma fisgada sequer. Parecia um ritual sagrado, que só foi quebrado quando, em vez do lambari, veio um pequeno acará. Tirado do anzol com o mesmo cuidado, foi solto, junto com esta observação: “vai chamar teu pai, teu avô, que fico aqui esperando”.
A esta altura, sentei na beira da ponte, já
que os compromissos de um sábado não são lá muito importantes, e fui
gostosamente me deixando ficar, fascinado por aquele homem simples e sua arte.
Tracei um parâmetro com os pescadores de água azul, com suas potentes lanchas,
varas e carretilhas importadas, cadeiras giratórias e um marlim lindo, em seu
pulo característico. Quantos “anos luz” os estavam separando, ligados apenas
pelo prazer de pescar? Fiquei com vontade de contar-lhe das pescarias em Mato
Grosso, dos tucunarés do Araguaia, da emoção de um jaú dos grandes, brigando igual
a um burro bravo. Quanta coisa eu poderia contar àquele homem sobre pescarias e
peixes! Graças a Deus, calei a minha boca grande, pois naquele exato momento,
ele fisgou outro lambari. Tirou o peixe com o mesmo cuidado e colocou no
samburá, só que desta vez o anzol não foi iscado.
Pousou a
vara de lado,
pegou o samburá e começou
a contar os peixes.
Revista Aruanã Ed: 1 publicada em 08/1987
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sexta-feira, 17 de agosto de 2018
OS PIONEIROS DA PESCA AMADORA NO BRASIL - HERALDO A. BRITSKI
O nosso entrevistado desta feita, é hoje considerado como a
maior autoridade mundial em peixes de águas interiores brasileiras. Nosso amigo
e colaborador, há muitos anos presta informações à Revista Aruanã a respeito de
nossos peixes. Vamos conhece-lo um pouco melhor.
Em visita a
Aruanã
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“Uma pesquisa cientifica, completa, é algo que pode demorar
alguns meses e vários anos, dependendo do peixe estudado. Por exemplo, nós
participamos da EPA – Expedição Permanente da Amazônia – e ficamos durante 10
anos, nessa região, fazendo o levantamento de espécies locais.” Como influências
científicas, o Prof. Britski diz, que em especial gosta de citar dois
cientistas, o Dr. Paulo Vanzolini atual Diretor do Museu e o Dr. Frans
Steidachener, um austríaco que estudava peixes brasileiros de 1860 a 1915. “Os
trabalhos desse cientista austríaco, até hoje, são por mim muito pesquisados e
lidos.” Na parte de apoio, Britski o recebe do Conselho Nacional de Pesquisas e
da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo. Mas algumas
curiosidades que tínhamos, esse cientista nos esclareceu dizendo que as bacias
onde existe o maior número de peixes podem ser classificadas como: em primeiro
a Bacia Amazônica, depois a Bacia do Prata e finalmente a Bacia do rio
S.Francisco, isso em território brasileiro. Depois dessas há ainda bacias
menores, mas é importante saber que só em espécies de águas interiores, o
Brasil tem cerca de 1.500, sendo então considerado o maior país do mundo em
espécies de peixes.
Apapá – Pellona castelnaeana – Fam: Clupeidae
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sexta-feira, 10 de agosto de 2018
É ÉPOCA DE PIRAPUTANGAS
Em nossas pescarias no Pantanal, além dos peixes mais
procurados, temos também à nossa
disposição, e sem atrapalhar a pescaria principal, uma espécie bastante
esportiva e boa de briga, a piraputanga. Vamos descobrir juntos essa nova emoção.
Revista
Aruanã Ed:28 publicada em 06/1992
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quinta-feira, 9 de agosto de 2018
ESPECIAL - UTOPIAS POLÍTICAS
Stop Logs |
Recentemente
tivemos em Iguape, uma visita a Barragem , pelos ilustres políticos
Marcio França atual governador de São Paulo e candidato a reeleição e seu filho
Caio França deputado Federal e candidato também a reeleição, ambos do PSB –
Partido Socialista Brasileiro. Visivelmente política, essa visita gerou esta
crítica, que antes de seja um monólogo, gostaria que fosse um diálogo, abrindo
espaço para suas respostas, no mesmo tamanho e no mesmo local, já que para mim,
é mais uma utopia praticada por candidatos a véspera de eleição. Vejamos
A "turma" toda e os inevitáveis discursos |
Objetivos para a construção da barragem
A barragem foi construída com os objetivos de:
a) evitar a descarga contínua de água do Ribeira de Iguape para proteção ambiental do Mar Pequeno;
b) interligar a rodovia SP-222, onde a travessia era feita por balsa;
c) evitar a erosão contínua das margens.
Com o barramento, porém, começaram a ocorrer inundações em áreas ocupadas por agricultura e áreas urbanas, dada a incapacidade de drenagem do leito antigo do Ribeira de Iguape, por este estar assoreado devido ao longo período de permanência com vazão, que passou a veicular preferencialmente (estima-se cerca de 60% do total) pelo Valo Grande.
Como solução para atender de forma conciliadora os conflitantes interesses de, por um lado, à necessidade de mitigar os impactos das cheias à montante da obra e, de outro, possibilitar a proteção ambiental da região do Mar Pequeno, à jusante, o DAEE contratou, em 1980, estudos para melhor avaliação dos impactos socioeconômicos e ambientais devidos à obra.
Dentre as diversas alternativas estudadas, foi aprovada pelo CEEIGUAPE (Comitê Executivo de Estudos Integrados da Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape) a que contempla a implantação de mecanismo de controle de vazão, de tal forma que as águas sejam barradas durante as estiagens, para proteção ambiental à jusante, e maximizada a capacidade de drenagem, para diminuir os problemas advindos das cheias à montante.
Local: Iguape/ canal artificial Valo Grande
Quantas comportas: 18
Vertedouro: controlado por comporta
Eclusa para pequenas embarcações (dimensões da câmara da eclusa: 5x15m)
Vazão regularizadora: capacidade máxima de vazão: 1.600 m3/s
Quando foi construída: Barragem (1977/78); Vertedouro (1990/1992) Fonte DAEE
a) evitar a descarga contínua de água do Ribeira de Iguape para proteção ambiental do Mar Pequeno;
b) interligar a rodovia SP-222, onde a travessia era feita por balsa;
c) evitar a erosão contínua das margens.
Com o barramento, porém, começaram a ocorrer inundações em áreas ocupadas por agricultura e áreas urbanas, dada a incapacidade de drenagem do leito antigo do Ribeira de Iguape, por este estar assoreado devido ao longo período de permanência com vazão, que passou a veicular preferencialmente (estima-se cerca de 60% do total) pelo Valo Grande.
Como solução para atender de forma conciliadora os conflitantes interesses de, por um lado, à necessidade de mitigar os impactos das cheias à montante da obra e, de outro, possibilitar a proteção ambiental da região do Mar Pequeno, à jusante, o DAEE contratou, em 1980, estudos para melhor avaliação dos impactos socioeconômicos e ambientais devidos à obra.
Dentre as diversas alternativas estudadas, foi aprovada pelo CEEIGUAPE (Comitê Executivo de Estudos Integrados da Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape) a que contempla a implantação de mecanismo de controle de vazão, de tal forma que as águas sejam barradas durante as estiagens, para proteção ambiental à jusante, e maximizada a capacidade de drenagem, para diminuir os problemas advindos das cheias à montante.
Local: Iguape/ canal artificial Valo Grande
Quantas comportas: 18
Vertedouro: controlado por comporta
Eclusa para pequenas embarcações (dimensões da câmara da eclusa: 5x15m)
Vazão regularizadora: capacidade máxima de vazão: 1.600 m3/s
Quando foi construída: Barragem (1977/78); Vertedouro (1990/1992) Fonte DAEE
A Barragem de Iguape 05/2017 |
A Luz do Direito
Em Agosto de
2011, a Juíza de Direito Fernanda Alves da Rocha Branco de Oliva Politi, da 2ª
Vara Judicial de Iguape, determinou que a barragem do Valo Grande fosse
concluída, o canal limpo e drenado e definitivamente fechado, com a esperança
de que os peixes e mariscos voltem ao Mar Pequeno, e que o Porto de Iguape
volte a ser um importante entreposto agrícola. Só o tempo dirá se a
determinação será cumprida. Texto de Frederico Landre. (NR: não obedecida)
O que passa pela barragem vem para as praias de Ilha Comprida Os aguapés são plantas aquáticas da família das Pontederiaceae e seu nome científico é Eichomia crassipes. São também conhecidos pelos nomes vulgares como jacinto d’água, gigoga, mururé, camalote, rainha-dos-lagos, etc.Quando em abundância como é nosso caso, impede a proliferação de algas responsáveis pela oxigenação da água, causando a morte dos organismos aquáticos. A solução/fórmula para exterminar essa “praga” de aguapés, sem prejudicar ainda mais o meio ambiente, é simples e rápida. Se a barragem for fechada, a água salgada voltará a circular com mais intensidade no Mar Pequeno e, qualquer leigo poderá constatar que o aguapé não resiste à água salgada. E que não venham os ambientalistas ou defensores de “causas perdidas”, dizendo que se a barragem for fechada, rio acima vamos ter novamente grandes enchentes. Para esses, convido a fazerem uma visita a Praia do Leste e verificarem in loco o quanto a junção do rio Ribeira do Iguape com o Mar Pequeno, mudou a foz desses dois cursos d’água, chegando mesmo a mais de um quilômetro de largura desde margem sul da Juréia até a margem norte da Ilha Comprida. (NR: Recentemente, mesmo com a barragem aberta, houve inundações em Registro e Eldorado) |
A parte de concreto que fecha a passagem das águas |
Uma pergunta que pode ser respondida por quem de direito: qual a utilidade atual do
Valo Grande? E que fique bem claro a afirmação de que “é obrigação de qualquer
político, seja dos poderes Executivo ou Legislativo, e em qualquer esfera
municipal, estadual e federal, trabalhar, pois para isso foram eleitos, pelo
bem estar, segurança e qualidade de vida da população”.
Os trilhos de aço por onde "passaria" o guindaste |
O guindaste que instalou os trilhos NINGUÉM ESTÁ ACIMA DA LEI? No último (13/08/2017) o juiz da 2ª Vara de Iguape, Filipe Mascarenhas Tavares, julgou procedentes os pedidos do Ministério Público para condenar o Estado de São Paulo a realizar – em até 180 dias – o fechamento definitivo e em tempo integral da barragem do Valo Grande, no Complexo Estuarino Lagunar de Iguape-Cananéia. A decisão levou em conta os danos ambientais causados ao local, considerado o terceiro maior criadouro de animais aquáticos do mundo.
De acordo com a sentença, a
administração pública deverá ainda controlar e retirar a vegetação exótica
acumulada no Complexo, que domina a área de mangue e impede o desenvolvimento
da vegetação típica natural, além de tomar providências para a despoluição e
descontaminação ambiental, com a devida compensação dos danos irrecuperáveis.
Por fim, o Estado foi condenado ao
pagamento de indenização por danos morais difusos pelos impactos ambientais
ocorridos na região – o valor será apurado em liquidação de sentença. De acordo com a sentença, a administração pública
deverá ainda controlar e retirar a vegetação exótica acumulada no Complexo, que
domina a área de mangue e impede o desenvolvimento da vegetação típica natural,
além de tomar providências para a despoluição e descontaminação ambiental, com
a devida compensação dos danos irrecuperáveis. Por fim, o Estado foi condenado
ao pagamento de indenização por danos morais difusos pelos impactos ambientais
ocorridos na região – o valor será apurado em liquidação de sentença.
A
discussão em torno do Complexo busca solucionar os impactos ambientais pelo
desvio do rio Ribeira de Iguape. O que se discute é a manutenção do canal
aberto, da forma como se encontra atualmente, o que causa impactos nos
manguezais e outros ecossistemas ambientais, como erosão de margem,
assoreamento do porto de Iguape, deterioração e desequilíbrio da fauna e flora marítima
da região lagunar do Mar Pequeno. A região onde se localiza o Estuário tem um
grande potencial turístico e sua economia gira em torno da pesca artesanal e de
subsistência, daí a importância de se garantir um meio ambiente preservado.
Processo nº 0002225-57.2011.8.26.0244 - Comunicação Social TJSP –
imprensatj@tjsp.jus.br(NR: Decisão não cumprida)
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UM EXEMPLO DE UTOPIA, ESTA DO DEP. SAMUEL PEREIRA
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sexta-feira, 3 de agosto de 2018
EQUIPAMENTO - O BARCO DE PESCA
Há muito anos o alumínio naval está sendo utilizado para a fabricação de barcos para a pesca. Hoje, nossas embarcações podem e devem ser consideradas como as melhores para essa atividade. Neste artigo nós mostramos ao leitor tudo sobre seu barco de alumínio.
Revista
Aruanã Ed:26 Publicada em 02/1996
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