Fim da briga
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sexta-feira, 24 de abril de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
DESCOBRINDO UMA ISCA ARTIFICIAL INFALÍVEL. SERÁ?
Na pesca esportiva. O Zé Lambari tenta de tudo, no que se
refere a novidades, para melhorar o seu desempenho na pescaria. Vai que dá
certo.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
DICIONÁRIO ARUANÃ ANIMAIS DO BRASIL - ARIRANHA
ARIRANHA
Muito semelhante à lontra, a
ariranha tem, entretanto, características próprias a diferenciá-la. Vamos conhecê-la
um pouco melhor.
Classificada cientificamente
como Pteronura
brasiliensis, trata-se de um animal carnívoro pertencente à família Mustelídeos.
Embora seja frequentemente confundida com a lontra, a ariranha atinge
maior tamanho, sendo que alguns indivíduos chegam aos 2,4 metros de comprimento
total, considerando nesses casos que a cauda mede quase um metro. Já a lontra
mede aproximadamente 70 cm de comprimento, e mais 30 cm de cauda. A cor é igual
à da lontra, porém a barriga é menos clara e o focinho não é nu, mas coberto de
pelos. A cauda é achatada em toda sua extensão, quando na lontra ela só o é na
ponta. A ariranha habita os grandes rios de todo o país, inclusive os da
Amazônia, ao passo que a lontra vive no Brasil meridional. Aquele difere desta
por levar vida diurna, enquanto a lontra e animal noturno.
As ariranhas costumam viver
em bandos e nadam pelo rio, não raro fazendo uma grande barulheira, cujo ruído
muito se assemelha ao que os gatos domésticos produzem, sendo interessante
observar que elas tem grande facilidade em “imitar” as vozes dos gatos. É
desnecessários dizer que a ariranha nada otimamente, deslizando sob a
superfície das águas. Quando quer alimentar-se, mergulha para caçar peixes, que
leva para a terra, onde então se põe a devorá-los. Os peixes menores são
devorados inteiros, ao passo que dos maiores a cabeça e a espinha são
rejeitadas. Às vezes algumas aves aquáticas também fazem parte da dieta desses
carnívoros, que passam a maior parte do tempo na água, vindo a superfície por
breves momentos apenas para respirar, e à terra para comer e dormir.
Bibliografia consultada: Dicionário dos Animais do Brasil (Rodolpho
Von Ihering)
sábado, 11 de abril de 2015
EQUIPAMENTO: O TAMANHO DAS ISCAS ARTIFICIAIS
O ditado “tamanho não é documento” com certeza não se aplica
às iscas artificiais. Neste caso, sim, o tamanho é muito importante. Senão
vejamos.
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Um lambari fisgado em uma isca maior do que ele.
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Robalo fisgado em isca pequena
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Pedras em rios de litoral. Nesta estrutura para robalos usar iscas médias/grandes
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Normalmente usamos esse equipamento bem acima no rio de
litoral e nas pequenas galhadas de margem, que são o berço dos pequenos
robalos. Estes peixes não devem ser embarcados devido a seu tamanho, mas
proporcionam uma boa briga, onde o mais bonito é o ataque deles nessas iscas
pequenas. Se usarmos uma isca maior, dificilmente irão atacá-la. Às vezes porém
pagamos um alto preço pela ousadia de usar um equipamento ultra-leve, quando
acontece de estar nessas pequenas galhadas um robalo grande – e aí é perder a
isca, com certeza. Nas galhadas “mais suspeitas”, se é que assim podemos
chamá-las, ou seja, aquelas galhadas de meio de rio ou na margem, maiores ou em
locais mais fundos, podem haver robalos de tamanho médio, e neste caso é a hora
de equipamento médio. Tal equipamento pode ser descrito como vara de 10 a 20
libras, linhas de bitola 0,30 a 0,35 milímetros e molinete ou carretilha
médios. A isca pode ter um peso dentre 8 a 12 gramas, que se consegue
arremessar com facilidade. Bem trabalhada a isca, o ataque é inevitável. Neste
caso, o robalo médio ataca também uma isca pequena, mas pode refugar uma isca
maior.
Pantanal: iscas grandes com garatéias fortes
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Finalmente, há aquelas estruturas “perigosas”, tais como
pedras, pilastras de ponte e grandes galhadas, que são os locais onde os
grandes robalos costumam ficar. Nesses locais, um equipamento médio/pesado é o
ideal, e a vara de pesca pode ser de 10 a 30 libras, linha 0,40 milímetros, às
vezes até com um líder de maior bitola, e carretilha ou molinete maior. A isca
artificial pode ser grande no tamanho e no peso, que pode variar entre 10 a 30
gramas, e por certo estará guarnecida com garatéias bem fortes e resistentes,
já que são as mais recomendadas nesse caso. Neste ponto é que falamos então que
tamanho é documento. O robalo grande ataca a isca pequena ou média? A resposta
é sim, só que a chance de conseguirmos trabalhar esse robalo grande é mínima ou
nenhuma, tendo em vista o tamanho das garatéias e a bitola da linha. O robalo de tamanho médio ataca isca pequena?
A resposta é sim, mas por certa a isca e suas garatéias mais a linha não irão
aguentar a briga. Por outro lado, o robalo não irá atacar a isca grande com a
mesma facilidade que ataca a isca média.
Galhadas de robalo:Neste tipo, iscas pequenas/médias
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Tudo isso aqui descrito são normas e não regras, já que às
vezes um pequeno robalo ataca uma isca do seu tamanho ou até maior do que ele. Mas isso, se não é raro, é difícil de
acontecer. O certo mesmo é aproveitar essa dica e usar os três equipamentos
aqui descritos. A utilização do robalo nesta matéria como exemplo é mera
coincidência, pois poderíamos usar qualquer outro predador e a regra seria a
mesma. Evidente está que o peixe predador prefere sempre uma isca pequena, já
que na natureza os pequenos peixes darão a ele problemas menores para atacar e
engolir suas presas.
Robalo fisgado com iscas de tamanho médio
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Um outro exemplo que podemos citar é o caso dos tucunarés.
Quando alguém nos pergunta qual a melhor isca para a pesca de tucunarés,
costumamos responder com outra pergunta: a pescaria de tucunarés vai ser onde?
Normalmente o pescador estranha essa nossa pergunta, já que o tucunaré é o
mesmo peixe em qualquer lugar. A diferença, explicamos então, é que se formos
pescar em uma represa do estado de São Paulo, os tucunarés irão atingir um
tamanho de no máximo 4 quilos. No Araguaia e outros locais parecidos podem
atingir 6 quilos, enquanto nos rios do Amazonas ou outros locais semelhantes,
podem atingir até 12 quilos ou mais. Mais uma vez, o tamanho da isca artificial
será documento, principalmente o tamanho e a robustez de suas garatéias.
Olhando-se por esse prisma, a nossa pergunta passa a ter sentido, não é mesmo?
Podemos citar outros casos em que uma isca pequena e um
equipamento leve não irá fazer muita diferença no que se refere ao tamanho dos
peixes: é o caso dos black-bass. Isca pequena ou média, com garatéias
reforçadas ou não, ira trazer o peixe até as mãos do pescador, já que o bass
não costuma brigar muito. É bom salientar que estamos falando de bass no
Brasil, que dificilmente passará de 4 quilos. Nos Estados Unidos esse peixe
pode atingir cerca de 10 quilos, e aí a coisa muda totalmente.
Nestas galhadas no fim dos rios de litoral: iscas pequenas/médias
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Bass fisgado na isca de barbela
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O pescador mais astuto já percebeu onde queremos chegar, e
não vamos nos alongar mais. Resta apenas dizer que os peixes que atacam uma
isca artificial preferem a de tamanho pequeno. Como os problemas com essa isca
acontecem como acima demonstramos, o melhor é usar três tipos de equipamentos
como os citados e optar segundo sua sensibilidade e conhecimento, quando
estivermos em um poço ou uma galhada e for dar o lance. Podemos também contar
com o fator sorte, e pegar um grande peixe com um equipamento leve e brigar à
vontade, já que essa é a razão principal de uma pescaria esportiva. Agora, é
bom não arriscar muito na sorte, já que não existe nada pior do que perder um
peixe por estar com um equipamento inadequado para a ocasião. E normalmente,
peixe grande não costuma dar muita bola para o pescador. Essa é a razão de ele,
o peixe, ter conseguido atingir um bom tamanho, já que com certeza ele é o melhor
da espécie.
Para terminar, estamos falando de pesca com iscas
artificiais, modalidade essa onde tamanho é documento, pois em outras
modalidades nem sempre o tamanho do equipamento será documento. Mas isso é uma
outra história. Boa pescaria.
segunda-feira, 6 de abril de 2015
O PESCADOR ZÉ LAMBARI - HUMOR
Peixinho que não vai á escola dos peixes, o mau pescador
fisga ele e não pratica o pesca e solta. Portanto...
sexta-feira, 3 de abril de 2015
FOLCLORE DO BRASIL - CURUPIRA
Com seu aspecto todo especial, o Curupira mora na mata e é o
defensor dos animais da floresta.
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O Curupira é um menino de cabelos avermelhados, tem o corpo
peludo, dentes verdes e seus pés são virados para trás. É ele quem cuida dos
animais da floresta. Dizem que os ruídos misteriosos que às vezes ouvimos nas
matas são causados por ele. Não tem pena dos caçadores maldosos, principalmente
dos que matam os filhotes. Quando vê um caçador deste tipo, o Curupira judia
tanto dele que o pobre ou morre ou fica meio louco para sempre. Para confundir
o caçador, pensando que é uma ave, vai atrás do Curupira e de repente percebe
que ficou perdido na floresta.
Ao aproximar-se uma tempestade, o Curupira corre toda a
floresta e vai batendo nos troncos das árvores. Assim ele vê se elas estão
fortes para aguentar a ventania. Se percebe que alguma árvore poderá ser
derrubada pelo vento, ele avisa os animais para não se abrigarem perto da
árvore condenada. Segundo uma lenda indígena, certa vez um índio caçador estava
descansando na floresta, à sombra de uma árvore, quando o Curupira chegou, e
estando este com muita fome, pensou em comer o coração do índio. Resolveu então
acordá-lo:
- Ei índio. Estou com muita fome. Dê-me um pedaço do seu
coração.
O índio acordou, e assustado com o que via e ouvia, pensou
rapidamente e resolveu ofertar ao Curupira um pedaço do coração de um macaco
que ele havia acabado de caçar. O Curupira não percebeu a fraude, comeu o
pedaço e gostou.
- Quero mais, quero seu coração inteiro.
O índio então lhe deu o resto do coração do macaco, que foi
também saboreado com muito gosto pelo Curupira.
Porém, agora, exigiu em troca da oferta um pedaço do coração
do Curupira. – Fiz sua vontade, não fiz? Agora você deve me dar em pagamento um
pedaço de seu coração. O Curupira não era muito esperto e acreditou que o
caçador havia arrancado o próprio coração sem ter sofrido nenhuma dor e sem ter
morrido. Pediu então a faca do caçador e a enterrou no próprio peito, tombando
sem vida em seguida. O caçador não esperou mais. Disparou pela floresta e
pensou em nunca mais voltar lá.
Assim passou um ano, e todos estranhavam o fato do índio
nunca mais ter saído da aldeia. Ele respondia que não ia à mata por estar
doente, mas na verdade, estava era com medo. Até que um dia, a filha do índio
pediu a ele que lhe desse de presente um colar, que fosse bonito, diferente de
tudo que já havia visto. O caçador lembrou-se imediatamente dos dentes verdes
do Curupira e resolveu ir até a mata, onde encontrou a carcaça do Curupira, com
os dentes reluzindo ao sol. Pegou então o crânio e começou a batê-lo numa
árvore para que se soltassem os dentes. Qual não foi a surpresa do índio quando
de repente o Curupira ressuscitou, e julgando que o caçador lhe havia salvado a
vida intencionalmente, ficou muito grato e lhe presentou com um arco e uma
flecha encantados, com os quais nunca perderia caça nenhuma, porém recomendou
que nunca atirasse em animal que estivesse em bando.
O índio ficou então famoso na aldeia por ser um grande
caçador; bastava apontar a flecha e zás!, já caía a presa abatida, para a
alegria dos companheiros que iam com ele às caçadas. Um dia, querendo exibir
seus dotes para os companheiros, pensou em tentar, com uma só flechada, acertar
diversas aves que voavam em um bando, bem próximo de onde estavam. E foi assim
que, esquecendo a recomendação do Curupira, o índio atirou contra o bando de
pássaros, atingindo um deles, que caiu fulminado na hora. Os outros pássaros,
enlouquecidos pela perda do companheiro, principiaram a atacar o índio, que
ficou sozinho à mercê das aves, pois seus amigos, ao avistarem o perigo
iminente, o abandonaram à própria sorte.
O pobre índio foi então dilacerado, despedaçado e devorado
pelos pássaros, só por ter desrespeitado a recomendação do Curupira.
REVISTA ARUANÃ - FOLCLORE DO BRASIL
quarta-feira, 1 de abril de 2015
A BARRAGEM DE IGUAPE - UM DESASTRE AMBIENTAL
Como em um “passe de mágica” uma
moita de aguapés aparece na praia.
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Quero deixar bem claro
minha opinião como jornalista que sou. “Se” a Barragem do Valo Grande tivesse
sido construída, por certo muitos dos problemas aqui citados e mostrados, não
teriam acontecido.
O aguapé já seco e troncos de
árvores jogados na praia.
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Há algum tempo venho pensando em
denunciar este crime ambiental que está acontecendo no rio Ribeira em Iguape e
no Mar Pequeno e praias da Ilha Comprida. Depois de muito pesquisar e cansar os
olhos de tanto ler documentos e artigos já escritos e alguns publicados na
imprensa deste nosso Brasil – para não escrever bobagens - cheguei à conclusão
de que “vou ser mais uma voz pregando no deserto”, no que se refere a este
assunto. Assim sendo, vou publicar trechos, citando os autores, que eu “pincei”
na Internet, bem como as fotos de minha autoria, que com certeza mostrarão
melhor do que as minhas palavras, o “tal” crime ambiental. Deixo de citar a
Refinaria de Plumbum, que extraia chumbo no Alto Ribeira e que funcionou
durante 50 anos na região. O leitor mais atento poderá na Internet, constatar
que até as águas do rio Ribeira foram (ou ainda estão?)contaminadas.
Em Agosto de 2011, a Juíza de Direito
Fernanda Alves da Rocha Branco de Oliva Politi, da 2ª Vara Judicial de Iguape,
determinou que a barragem do Valo Grande fosse concluída, o canal limpo e
drenado e definitivamente fechado, com a esperança de que os peixes e mariscos
voltem ao Mar Pequeno, e que o Porto de Iguape volte a ser um importante
entreposto agrícola. Só o tempo dirá se a determinação será cumprida. Texto de
Frederico Landre.
Neste trecho ao norte da Ilha
Comprida, muitas casas desabaram.
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Texto Internet da página do Dep. Samuel
Moreira
O prefeito Décio Ventura, da Ilha Comprida, agradeceu ao
deputado Samuel Moreira e ao governador José Serra pela obra. “Dentre todas as
obras que você conquistou para a região, eu não tenho dúvida que a construção
das comportas do Valo Grande é a de maior impacto porque permitirá vermos de
novo o Mar Pequeno como era e fará a diferença para a região de Iguape, Ilha
Comprida e Cananéia”, afirmou.
O deputado Samuel lembrou que as comportas da Barragem
do Valo Grande são reivindicadas há 25 anos. “É uma luta histórica e de muita
gente”, ressaltou ele, lembrando que recuperar a salinidade do Mar Pequeno,
naquela região, será importante para São Paulo e para o Brasil. Destacou que o governador
José Serra participou de perto desse processo, desde que era secretário do
Planejamento, e que o secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes, também conhece o
problema. (N.R. Discursos no lançamento da obra)
A Barragem de Iguape a jusante
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Moitas de aguapés nas margens
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Barragem de Iguape a montante
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Técnicos debruçaram-se sobre o problema e
propuseram como melhor, e bem pensada, solução para o complexo problema a
construção de uma nova barragem, mas agora com vertedouro e comportas de
controle de vazão e com eclusa para possibilitar a navegação. A proteção das
margens e do fundo do canal contra a erosão constituía parte integrante desse
mesmo projeto. Em 1993 as obras civis da nova barragem foram concluídas, porém
as instalações hidráulicas (vertedouro, comportas e eclusa) não foram
executadas por alegada escassez de recursos financeiros para tanto (quantos
votos tem Iguape?). Boa parte dessas obras civis já foi hoje também
comprometida. ( Parte de texto do autor na Internet)
Álvaro Rodrigues dos Santos É
geólogo, autor dos livros “Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e
Prática”, “A Grande Barreira da Serra do Mar” e “Cubatão”; consultor em
Geologia de Engenharia e Geotecnia.
Há três semanas eu parei meu
carro na sombra deste chapéu de sol agora caído. |
Esta construção “era” uma lanchonete
há um mês atrás
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