Esta linda ave, totalmente branca, chega a impressionar por
sua beleza e porte. É única em seu tamanho, chegando a atingir 82 centímetros
de altura. Costuma acompanhar os pescadores, tendo inclusive a mansidão de vir
comer peixes e crustáceos em sua mão.
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
ROTEIRO: LINHA VERDE - BAHIA
Paisagem comum ao longo das praias
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A Linha Verde é uma estrada que foi construída pelo governo
da Bahia a fim de facilitar o acesso às praias e rios do litoral norte do estado.
A Aruanã foi conferir à piscosidade dessa região ainda virgem. Conheça os
resultados.
Raias
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Aliás, quando íamos saindo do rio, depois de passar com
dificuldade por cima de uma rede armada no “porto”, vimos dois barcos, um do
tipo catamaram,
com um motor de 40 HP e outro barco, de alumínio, com motor de 25 HP. Após retirarmos nosso barco da água e já com
ele na carreta vimos umas dez pessoas descendo para o rio com uma caixa de
madeira nas mãos. Na passagem, um deles falou exatamente isto: “É bom que esses
brancos tenham saído do rio, porque agora é hora da nossa pescaria. Vamos
detonar, bicho”. Dá para acreditar em tal narrativa? Pois é leitor, por mais
incrível que pareça, pode acreditar, pois essa é a expressão da verdade. Muito
desanimados, voltamos à pousada. Novo dia, e levamos o Nelson à barra do
Itariri, que é um outro rio da região distante de Sítio do Conde cerca de 30
quilômetros. Mais uma vez ele conseguiu fazer uma pescaria razoável, fisgando
as mesmas espécies citadas anteriormente. Mas desta vez o Nelson tinha algo
mais a relatar. Durante a enchente da maré, a melhor hora para se pescar na
praia, um “bando” de pescadores veio, ao lado dele, bater tarrafas em toda a
barra do rio. A matança de pequenos peixes – entre eles robalos de 10cm – foi
grande. Quanto a nós, bem, fomos ao rio Sauípe cerca de 60 quilômetros em
direção a Salvador. Nesse rio a ação também foi pouca, salvo duas pequenas
caranhas perto de umas pedras a menos de 500 metros da barra do rio, com o mar.
Revista Aruanã Ed:44 publicada em abril 1995
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terça-feira, 14 de novembro de 2017
ESPECIAL: REFLEXÕES DE UM PASSADO RECENTE
“Que atire a
primeira pedra” aquele que não gosta de rever seu passado, seja em cartas,
fotos, fatos, amigos, parentes e todo o mais. Foi onde no silêncio de minha
sala na Revista Aruanã, o que aconteceu em um dia importante – era 15 de
novembro - fiz este editorial. O texto, por si só, já diz tudo.
Publicado em dezembro de 1989 |
Revista Aruanã
Ed: 14 publicado em 12/1989
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sábado, 11 de novembro de 2017
PIONEIROS DA PESCA AMADORA NO BRASIL - TRAMONTINA
Publicidade
da Tramontina na época
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Quem
não conhece o nome Tramontina? Desta feita, fizemos uma entrevista na
Tramontina Pesca, que tem na pessoa de seu diretor-responsável, Evandro Rech
Pereira da Costa, um entusiasta da pesca amadora e, logicamente, um inveterado
pescador amador.
Revista
Aruanã Ed.13 publicada em 12/89 Foto Kenji Honda
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sexta-feira, 10 de novembro de 2017
ESPECIAL - TAMANHO É DOCUMENTO
Em se tratando de peixes, mais do que nunca, tamanho é
documento. Vamos tratar desse assunto e também do pesca e solte, já que muita
gente anda fazendo e falando bobagem a respeito.
Publicado na Revista Aruanã Ed: nº55 em 02/ 97
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domingo, 5 de novembro de 2017
FINALMENTE A PIRACEMA?
FINALMENTE A PIRACEMA!
Dourado
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E todos os anos é a mesma discussão: é época da piracema e proíbe-se
a pesca em todo o Brasil, com Portaria específica do IBAMA, que de tão parecida
com anos anteriores, parece um “carimbo”. Mas uma nova opção está surgindo, já
que os estados, alguns, decidiram por optar por épocas de piracema, de acordo
com suas características. Diríamos que essa é uma medida inteligente, se não
fosse o fato simples de proibir por proibir. É muito mais fácil e aos leigos,
parece a opção mais certa.
Cachoeira de Marimbondo . Destruída em 1979 pela
Barragem de Água Vermelha
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sábado, 4 de novembro de 2017
DICIONÁRIO ARUANÃ PEIXES DO BRASIL - SARDINHA DE ÁGUA DOCE
SARDINHA
DE ÁGUA DOCE
Um pequeno peixe mas, nem por isso menos importante. Isca
muito usada no Pantanal e de rara beleza, a sardinha de água-doce pode ainda
ser encontrada em outros rios ou lagos no Brasil. Bastante voraz, apesar de seu
tamanho, compete com o lambari no ataque às iscas que lhe são apresentadas.
Para o pescador de pequenos peixes, que se diverte
com a briga que eles proporcionam a sardinha aqui descrita, pode ser comparada
com o lambari em muitos aspectos. Voraz ataca com rapidez a isca que o pescador
estiver usando, seja ela de massa de farinha, milho verde, minhoca e mesmo
pequenos camarões ou pedaços de peixes. Devido ao formato de seu corpo é boa de
briga. Fazer uma ceva com quirera de milho será sempre uma boa opção para
atrair o cardume. Cientificamente classificada na família Characidae, tem
como nome científico Triportheus amgulatus angulatus. Segundo alguns
biólogos, pode ser encontrada, além do Pantanal, na Amazônia, Peru, Bolívia e
Colômbia, em rios como o Jaguaribe, Russas e Orós, no Ceará; Parnaíba no Piauí;
Piancó na Paraíba e lago Papari no Rio Grande do Norte. A sua nadadeira caudal
apresenta um prolongamento na região mediana. Ela gosta de ficar perto da
superfície da água. Atinge até 24 cm de comprimento total, desovando na época
das chuvas. Suas larvas alimentam-se de fitoplâncton e os adultos preferem
insetos. O Serviço de Piscicultura do Departamento de Obras Contra as Secas
projetou a produção maciça de peixes forrageiros em 1958, para servirem de
alimentos às espécies carnívoras: uma das escolhidas foi a sardinha. A
reprodução foi conseguida após hipofisação dos reprodutores com extrato
hipofisário de curimatã-comum. O Açude
Lima Campos, no Ceará, recebeu 14.333 alevinos, de 20 a 40 mm de comprimento
total, com 15 a 25 dias de vida. A exemplo de outras espécies não citadas pelos
biólogos, o Pantanal, tanto norte como sul, mostram grandes cardumes desse
peixe, que fazem sua piracema todos os anos a exemplo dos chamados peixes
lóticos. Talvez seja essa a razão de serem muito apreciada como isca para
pintados, dourados, tucunarés e tantas outras espécies de peixes predadores
dessa região. Podemos pesca-la com material ultraleve, composto por vara de
bambu ou telescópica, linha fina, pequena chumbada oliva e anzol pequeno, o
mesmo usado na pesca do lambari. Pega muito bem nas iscas acima citadas e uma
ceva garantirá a atração do cardume. Evidente está que junto com ela, devido a
ceva feita, virão outras espécies, como o sauá, lambari, piaus, pacu-prata e
até piavuçus, que além de comer a isca, com certeza, devido ao seu tamanho e
força, não serão içados até a mão do pescador, rompendo a linha e mesmo o
conjunto do material usado. É uma boa distração para as horas mais quentes do
dia, sempre embaixo de uma boa sombra de árvore. Caso haja um remanso no rio, a
ceva será ainda muito mais produtiva.
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
DICIONÁRIO ARUANÃ ANIMAIS DO BRASIL - CAPIVARA
A capivara, o maior dos roedores, é um animal de aspectos diversos e fascinantes. Nesta matéria,
vamos conhecer um pouco mais de suas peculiaridades.
É o maior de todos os roedores. Hydrochoerus hydrochoerus .
Atinge 1 metro de comprimento; a cor é uniforme, parda, nem muito avermelhada
nem muito amarelenta. Não tem rabo; suas orelhas são pequenas. Vive sempre à
beira d’água, que é seu refugio, quando perseguida; nada e mergulha bem. Forma
sempre pequenas varas, que não raro, contam até 20 indivíduos. Alimenta-se como
perfeito herbívoro e naturalmente dá preferência ao arroz ou milho novo, pelo
que nas regiões ribeirinhas causa, às vezes, muito dano. Passa o dia escondida,
perto da água e só a noite vêm pastar.
Assim, só a espingarda pode valer ao lavrador. A carne não agrada a todos os
paladares, mas o óleo extraído pela fervura e que depois foi exposto ao sereno,
é considerado medicamento valioso. O couro tem boa aplicação para certos fins,
laços principalmente. É característica sua posição de repouso, sentada como um
cão. Alguns caçadores distinguem uma espécie branca, “capivaratinga”, mas trata-se
apenas de indivíduos velhos, que ficam grisalhos. Veja-se também”capincho”. Na
Amazônia, às vezes vêem-se capivaras domesticadas, que então acompanham as
crianças mesmo durante o banho. Esses animais são atacados, como o cavalo, pelo
“mal das cadeiras”, pelo que alguns cientistas desconfiam que sejam estes
grandes roedores os depositários do flagelado Trypanosoma equinum. De fato, é sabido que, de tempos em tempos, a
epizootia determina grande mortandade entre as capivaras.
O distinto pintor
Teodoro Braga, afirmou-nos que os marajoaras criadores de gado incluem as
capivaras entre os perniciosos inimigos da criação, “porque eles envenenam a água
e fazem morrer o gado”. Ainda uma vez devemos dar razão à intuição do povo que
assim, sem saber, atinou, antes dos cientistas, com os depositários do causador
do “mal-de-cadeiras” (ou “quebra bunda”, como lá diz o povo).
Bibliografia consultada no original:
Dicionário dos Animais do Brasil – Rodolpho Von Ihering.
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