sexta-feira, 28 de março de 2014
quinta-feira, 27 de março de 2014
OS PEIXES DO PANTANAL
DOURADO (Cient: Salminus maxillosus - Fam: Characidae). |
Talvez o mais belo e o mais disputado peixe de
água-doce brasileiro. Espécie de alta esportividade e carne de excelente sabor.
Como o nome diz, apresenta coloração dourada por todo o corpo: cada escama tem
um pequeno filete negro no meio, formando riscas longitudinais da cabeça à
cauda. Normalmente apanham-se exemplares com cerca de 70cm de comprimento e 6
kg de peso. Mas existem registros de peixes com 1,40m e mais de 30 kg. É uma
espécie carnívora e voraz, que passa três quartas partes da vida perseguindo os
peixes menores dos quais se alimenta (chegando a nadar 10 km por dia).
Desova entre outubro e fevereiro.
Distribuição geográfica: Rios da Bacia do Prata
Locais para a pesca: Rios, preferencialmente onde haja
corredeiras, cachoeiras, águas rápidas.
Épocas para pesca: Durante todo os anos e em especial quando os
rios entram em vazante.
Melhores iscas: Pequenos peixes, tuviras, muçum, piramboias e iscas
artificiais.
Sinônimos: piraju, pirajuba (peixe amarelo em tupi-guarani),
saipé.
quinta-feira, 13 de março de 2014
USE ISCAS DE BARBELA
Pescando embarcado. |
Porém, em várias ocasiões o peixe predador - não importa qual - se aproxima da isca e não a ataca, ficando a apenas alguns centímetros dela, como se estivesse desconfiando de alguma coisa. Essa aproximação é vista pelo pescador, que continua a trabalhar a isca. O peixe vem acompanhando e não a abocanha. Tal ação do peixe causa um verdadeiro desespero do pescador, que não sabe o que fazer e pergunta-se por que o peixe não ataca. No caso de estarmos usando uma isca de superfície (sem barbela), só nos restará continuar a trabalhá-la até chegar no barco ou na margem, se for o caso.
O peixe irá acompanhar a isca até que nos veja, ou então até que ela saia de seu raio de ação. Se o peixe nos vir e se assustar, dificilmente voltará.
Iscas de barbela curta e longa. |
Mas voltemos àquele algo mais que a isca de barbela pode nos proporcionar. Suponhamos que ao usar uma isca desse tipo você veja o peixe vir por baixo e não atacar. O procedimento correto nessa hora é parar a isca e ficar de olho no peixe. Ficam então os dois, isca e peixe, imóveis. Isso pode durar alguns segundos, que para o pescador parecerão uma eternidade. Assim que o peixe começar a se afastar, dê dois ou três toques na isca na superfície e, com o auxílio do equipamento (carretilha ou molinete), recolha a linha. Dificilmente qualquer peixe predador irá resistir à cena de um peixinho em fuga sem abocanhá-lo. A ação descrita acima só poderá ser executada com uma isca de barbela curta. Nenhum outro tipo de isca de superfície conseguirá tal ação.
E tem mais. Às vezes, o peixe se posiciona a uma certa distância da isca e não fica visível para o pescador amador. Aí acontece o seguinte: vamos trabalhando a isca até acharmos que ali não tem peixe e portanto não vai atacar. Na hora do recolhimento, por causa da barbela, a isca irá mergulhar e nadar. É impossível dizer quantos casos há de peixes que foram fisgados dessa maneira, às vezes a menos de um metro de distância do barco.
No robalo, a risca preta é bem visível e é nela onde estão os múltiplos ouvidos. |
No que se refere a isca de barbela longa a ação é um pouco diferente. Temos de partir do princípio de que esse tipo de isca também deve ser flutuante. Após o arremesso, a barbela longa fará com que a isca fique na posição vertical, pois o próprio peso da barbela a obriga a isso. Não adianta trabalhar da mesma maneira com que trabalhamos a isca de barbela curta, pois a única coisa que conseguiremos será que a isca mergulhe, demorando para voltar a superfície, e o que é pior, sem fazer ruído algum. Existem ocasiões - e isso depende de vários fatores, tais como água mais fria na superfície, por exemplo - em que o peixe não vem atacar a isca de superfície. Sabendo que o local é um "bom poço" e que os peixes costumam ficar ali, é a hora de usar a isca de barbela longa. Dê um lance um pouco mais longo - se for possível - e venha recolhendo a isca por intermédio da carretilha ou molinete.
Isca de babela longa |
Barbela curta usada na corredeira |
Após algumas voltas na manivela, com certeza a isca estará em boa profundidade. Nessa hora, pare o recolhimento e dê dois ou três toques, que farão com que a isca se movimente na água. Depois de fazer esses movimentos, pare e dê um tempo - calcule o quanto - para que a isca retorne a superfície. Dois ou três segundos serão mais do que suficientes. Novamente, recolha a linha e faça a isca mergulhar até atingir a posição em que estava. Pare novamente e dê outra vez os cutucões na isca. Essa ação é muito atraente aos peixes que ficam mais no fundo das águas.
Isca de barbela de metal (não flutua) |
Deixe-a subir e execute novamente todos os movimentos anteriores. Faça isso até que a isca artificial fique embaixo do barco. Essa ação é um sucesso.
Aí está portanto, mais uma utilidade para sua isca de barbela, seja ela longa ou curta. Só para terminar, vou dizer que algumas das melhores pescarias da minha vida, foram feitas com iscas de meia água... usadas na superfície.
E olhe que pescamos nos mais diversos locais, os mais diferentes peixes, tanto em água doce como no mar e o sucesso foi sempre o mesmo.
Agora na Net, a Revista Aruanã mostra mais uma vez que, o importante não é você saber como nós pescamos bem, mas sim como você, observando nossas dicas, poderá melhorar e muito sua pescaria. Boa pescaria.
quarta-feira, 12 de março de 2014
PEIXE ARUANÂ - Coleção Aruanã - Peixes do Brasil
TAMANHOS MÍNIMOS PARA A PESCA DE ROBALOS EM SP
TAMANHOS MÍNIMOS PARA
A PESCA DE ROBALOS
A SUPERINTENDENTE DO INSTITUTO
BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA/SP
RESOLVE:
Art. 1º - Proibir, sob qualquer modalidade, a
pesca do robalo “flexa” ( Centropomus undecimulia) com comprimento total
inferior a 45cm em águas costeiras do Estado de São Paulo.
Art. 2º -
Proibir, sob qualquer modalidade, a pesca do robalo “peba” (Centropomus
paralellus) com comprimento total inferior a 25cm em águas costeiras do Estado
de São Paulo.
Art. 3º - Proibir a pesca dos robalos “flexa” e
“peba” , de qualquer tamanho, no mês de DEZEMBRO.
Parágrafo 1º - Proibir a pesca
dos robalos das espécies “flexa” e “peba” de qualquer tamanho utilizando
quaisquer tipo de REDE.
Robalo Flecha - (Centropomus undecimalis - 45cm) |
Parágrafo 2º
- Permitir a pesca PROFISSIONAL dos robalos das espécies “flexa” e “peba” com
tamanhos mínimos permitidos somente com o uso dos seguintes aparelhos de pesca:
linha de mão, caniço simples com molinete / carretilha e vara com anzol
utilizando iscas naturais ou artificiais.
Parágrafo 3º
- Permitir a pesca AMADORA dos robalos das espécies “flexa” e “peba” de
qualquer tamanho com o emprego dos seguintes aparelhos de pesca: linha de mão,
caniço simples, molinete / carretilha e vara com anzol utilizando iscas
naturais e artificiais na modalidade PESQUE e SOLTE.
Art. 4º - Ficam excluídos da presente proibição as
espécimes capturadas por embarcações que efetuam pesca não seletiva (parelhas e
arrasto), trazendo-os como fauna acompanhante, ou sem condições de retorno ao
mar.
NOTA DA REDAÇÃO: Esta foi uma luta travada pela Revista Aruanã,e que após alguns anos, finalmente foi reconhecida por nossas autoridades e tornou-se lei. Em 22 de dezembro de 1994, foi publicada a primeira portaria (PR N 008) que passou a fixar os tamanhos mínimos para a pesca de robalos e seu período de defeso em todo o Estado de São Paulo. Outras vieram e a mais atual é a que aqui e agora publicamos e está em vigor. Infelizmente a fiscalização por parte dos responsáveis é ainda ineficiente e a pesca com redes é praticada diuturnamente, matando milhares de robalos e, o que é pior, não respeitam sequer os tamanho mínimos estabelecidos nesta portaria. E os comercializam livremente. Lamentável.
Antonio Lopes da Silva
Antonio Lopes da Silva
terça-feira, 11 de março de 2014
PRAIA: OS HABITANTES DA AREIA
Antonio Lopes da Silva |
segunda-feira, 10 de março de 2014
SAPO FERREIRO - Coleção Aruanã - Animais do Brasil
O nome pelo qual é conhecido nosso sapo não é muito apropriado e é até bem pouco usado. O Príncipe de Wied, que foi quem descreveu esta espécie, já se refere a ela nos relatos de suas viagens ao Brasil, feitas em 1820, usando esse nome, que lhe fora indicado naquela ocasião pelos naturais do sul da Bahia. Observando-se atentamente, nota-se que seu canto assemelhasse muito mais ao ruído chocho de uma pancada em madeira do que ao plangente som do malho de um ferreiro.
O sapo ferreiro - cuja denominação científica é Hyla faber é a maior das pererecas do sudeste do Brasil, sendo que chega a atingir um comprimento de 15cm.
A espécie habita os brejos com água permanente, onde, à época do acasalamento, constrói seu ninho utilizando barro.
O ninho apresenta o formato muito semelhante ao de uma panela rasa, com cerca de 20cm de diâmetro e aproximadamente entre 5 a 7cm de profundidade. A construção do ninho fica a cargo do macho, sendo que a fêmea irá ali depositar seus ovos, que podem chegar a 300 unidades ou mais.
Nessa "panela" nascem os embriões, que permanecem até que a primeira enchente venha, quando então a água os transporta para poças maiores.
O período larval é bastante longo, sendo que os girinos permanecem dessa forma até atingir 10cm de comprimento, somente se metamorfoseando para sua morfologia definitiva quando já estão com grande tamanho.
Uma outra interessante característica desse grupo de pererecas é que os machos apresentam um comportamento extremamente belicoso e agressivo, defendendo tenazmente seu território, o qual é por eles demarcado pela vocalização que entoam ao redor da "panela" do ninho. Quando ocorre a visita inoportuna de algum macho intruso, o mesmo é repelido mediante uma luta corporal acirrada com o "dono" do local, sendo que aquele que sair vencedor terá como prêmio a responsabilidade de tomar conta do lugar.
Esse grupo de espécie possui, na base do polegar, um forte espinho córneo que é usado nas disputas territoriais, sendo que aflige ferimentos sérios nos contendores.
O sapo ferreiro é um anfíbio anuro de coloração amarelo-terrosa, com lista escura do extremo do focinho à confluência das coxas, sendo que estas e as pernas têm faixas transversais, e a parte inferior é mais clara.
Consultoria:
Werner C.A.Bokermann
Parqe Zoológico de São Paulo - SP
COLEÇÃO ARUANÃ DE ANIMAIS DO BRASIL
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