terça-feira, 30 de setembro de 2014

DICIONÁRIO ARUANA ANIMAIS DO BRASIL - ANHUMA
















Quando o pescador navega em rios do Pantanal ou da Bacia Amazônica é a anhuma que dá o sinal de sua presença, mostrando à região que o “bicho homem” está por perto.











Normalmente, a anhuma costuma pousar em cima de pequenas árvores no Pantanal, e assim que avista o pescador dá gritos estridentes, permanecendo nessa mesma árvore, desde que a distância entre ela e o homem não diminua muito. Esses gritos são bastante altos e estridentes, sendo o som por ela emitido uma espécie de “viú-viú”.
Ave da família dos Palamedeidos, seu nome científico é Palameda cornuta. Esse nome com certeza lhe foi dado pelo pesquisador devido ao fato de que essa ave possui em sua cabeça um “chifre”, ou se preferirem, um espinho recurvado, córneo, de doze centímetros de comprimento, que está implantado sob a pele.  Além desse “chifre”, a anhuma possui ainda dois esporões no bordo anterior das asas e que lhe servem de defesa ou como arma de ataque.
Seu colorido é bruno-denegrido e preto, exceto o ventre, que é branco. Uma outra curiosidade são seus pés, na cor vermelho-escura e com dedos enormes, o que lhe facilita andar em banhados, sobre plantas aquáticas e mesmo locais lodosos, sem afundar. Seus hábitos alimentarem são no mínimo estranhos, pois mesmo estando em volta de ambientes aquáticos, os peixes não fazem parte de seu cardápio, preferindo se alimentar de gramíneas, plantas palustres e outros vegetais.
Apesar de seu tamanho e peso (comparável a um peru caseiro) seu vôo é elegante e silencioso. Após passear por praias e banhados se alimentando, alça vôo e vai em direção às copas das árvores onde se deixa ficar por boa parte do dia e durante a noite em repouso.
Normalmente andam em casais e, segundo uma lenda, se avistarmos uma só ave, é sinal de que o par foi morto e ela não voltará mais a se acasalar.
Dependendo da região, recebe outros nomes como inhuma, inhaúma, chifruda, cauintau, cametau e unicórnio. Talvez, dos nomes vulgares, o que lhe causa maiores problemas seja o de “peru do pantanal”, já que, para os menos avisados, a anhuma seria sinônimo de boa carne, o que não é verdade. Segundo alguns ribeirinhos do Pantanal, sua carne é dura e, quando cozida, produz muita espuma. Outra particularidade, segundo as mesmas pessoas, é que entre suas penas encontram-se vermes parasitários parecidos com o carrapato.  Mas certamente o nome que mais justiça faz à anhuma é o de “guardiã do Pantanal”, pois com seus gritos estridentes denuncia qualquer presença estranha em seu território.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

ROTEIRO: VALE DO JAGUARIPE: O RETORNO













Na Aruanã 48, publicamos uma ampla matéria sobre o Vale do Jaguaripe, na Bahia. Tivemos na época alguns maravilhosos ”problemas” com os peixes da região. Por isso o nosso retorno. Confira.







Rio da Dona

Como o nosso leitor deve estar lembrado, quando fizemos a matéria sobre o Vale do Jaguaripe, mais precisamente no rio da Dona, nossa pescaria foi bastante tumultuada, já que nas brigas com os grandes robalos, estes levaram a melhor em catorze oportunidades! Foi um tal de perder peixes pelos mais diversos motivos, tais como linhas partidas, varas quebradas, peixes que escapavam facilmente dos nossos anzóis, sem que nos dessem a menor chance. Na verdade, não estávamos preparados na ocasião para esse encontro, já que estávamos usando material leve e médio, e nossa linha de pesca mais forte era de bitola 0.35 milímetros, com um líder de 0.45 milímetros. A pescaria então se restringiu a lances junto às pedras, usando iscas médias, onde fisgamos alguns robalos, digamos, pequenos.
Mas o problema maior estava em um ponto do rio onde, por intermédio do sonar, descobrimos um poço com profundidade de 4 metros. No início desse poço havia um “cabeço” de pedra onde a profundidade era de 2 metros. Apoitamos o barco e cansamos o braço em lances e trabalho de iscas nesse poço, e nenhum robalo subiu à superfície. Resolvemos então corricar, dando mais linha e, por conseguinte, vindo com a isca mais fundo. Deparamo-nos então com o problema, pois não conseguimos tirar nenhum robalo que fisgou. Por nossa experiência, tínhamos a certeza de que eram grandes peixes, tal era a violência da fisgada e a facilidade com que rompiam nossa linha. Na ocasião, descrevi tal fato exatamente como aconteceu, pois essa é a função de um jornalista, apesar de que seriam muitos a duvidar da veracidade desses fatos e até da minha habilidade como pescador, mesmo afirmando que pesco robalos há mais de 25 anos, usando somente iscas artificiais. 

Robalo Flecha

Mas muitos leitores da Aruanã acreditaram em nosso roteiro, e nessa última visita ficamos sabendo, através de informações das autoridades da pequena Jaguaripe, que muitos pescadores amadores foram pescar nessa região, vindos dos mais diversos estados do Brasil, como Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Sergipe e da própria Bahia.
Alguns fizeram ótimas pescarias e outros não foram tão felizes assim. Aliás, nessa última visita, encontramos pescadores do Espírito Santo que estavam lá pela segunda vez.
Pois bem, vamos aos fatos. Nossa equipe era a mesma da outra visita, da qual faziam parte o Leonardo, o Angelo Júnior e o Manolo, e agora contamos com mais um integrante amigo, o deputado federal Jaime Fernandes Filho. O rio escolhido não poderia ser outro, bem como o citado poço, e lá fomos nós pescar no Dona. Em principio, já havia algum coisa errada, pois desde nosso desembarque no aeroporto de Salvador a chuva se fazia presente, sujando um pouco as águas do rio, principalmente no fim da vazante que, de acordo com nossa experiência anterior, era o melhor horário.
Pescamos então sexta e sábado debaixo de chuva, e novidades maiores não aconteceram. Fisgamos alguns robalos com peso máximo de 2 quilos, e o fato novo foi a presença de algumas barracudas pequenas (que na região são chamadas de pescada), espadas e caranhas.
Nosso material agora estava preparado proporcionalmente para enfrentar aqueles peixes que escaparam da primeira vez. Tínhamos então uma vara Fenwick Legacy LG 59 PXH 5,9 – 15 a 40 libras e 1-3 oz, lure, um ABU 6500 com linha 0.50 milímetros, um encastoado de aço de 80 libras (só para corricar) e como isca uma Red Fin 900 com algumas modificações, pois em vez das três garatéias tradicionais usamos somente duas, porém de tamanho 2/0, na categoria cinco vezes forte e com as pontas bem afiadas.

Barracuda

Depois de sexta e sábado sem grandes peixes, chegou o domingo e confesso que já estava um pouco desanimado, pois além da água turva, o rio estava muito “parado”. Por essa expressão “parado” entenda-se pouca ação de peixes.
Começamos a pescar mais ou menos às 7.30 h da manhã, pois era o início da vazante. Fisguei um peixe pequeno que escapou, e nenhuma outra ação se deu nas próximas três horas. Cheguei até a comentar com o Leonardo que o peixe parecia saber que agora estávamos preparados para ele.
Faltava pouco para o fim da vazante quando, sem opção para lances, resolvemos continuar corricando. Nossos companheiros, no outro barco, também se queixavam da pouca ação de peixes. Foi então que, em uma dessas passagens pelo poço, a coisa aconteceu. A distância da minha isca para o barco era de aproximadamente 25 metros. A puxada parecia mais um enrosco, tal foi a violência da ação. Só que o “enrosco” começou a dar cabeçadas e ir para o meio do rio, levando já um bom pedaço de linha. Pedi ao Leonardo que levasse o barco para o meio do rio da Dona, pois com essa ação me livraria de algum possível enrosco real, pois fatalmente a linha não aguentaria.
A força do peixe era incrível: mais de 80 metros de linha já estavam fora da carretilha, e por nenhuma vez o robalo pulou. Só dava para perceber pela força, que era um grande peixe. Em determinado instante esse peixe chegou a mais ou menos 10 metros do barco e repentinamente arrancou em direção à margem, levando cerca de 50 metros de linha em uma só corrida. 

As pedras

Com o dedo polegar, cuidadosamente, fui brecando um pouco essa corrida, já que a fricção do equipamento estava bem leve – o que me causou uma bolha na mão, tal o atrito do monofilamento com a pele. Consegui pará-lo e novamente trazê-lo para perto do barco. Por duas vezes tive que andar no barco, para que a linha não passasse por baixo de nossa chata Levefort.
Finalmente, o robalo rebojou pela primeira vez, a menos de 10 metros do barco, demonstrando seu cansaço. Mais uma ou duas pequenas corridas e pranchou. Agora sim, conseguia ver o seu tamanho, e o que mais nos chamava a atenção eram suas barbatanas de cor amarela. Consegui então trazê-lo para perto do barco e com um bicheiro, introduzido calmamente na boca do peixe, içá-lo para dentro da embarcação.  Neste exato momento, minha vara Fenwick simplesmente quebrou entre o quarto e quinto passador, sem que fosse feito qualquer esforço extra.
Felizmente, o peixe estava cansado e essa quebra não nos prejudicou. Aliás, estamos entrando em contato com a fábrica para obter explicações sobre essa quebra.

O rei do rio

O relógio marcou então 20 minutos de uma sensacional briga. O aperto de mão entre eu e o Leonardo foi inevitável, tal era a satisfação que só pescadores amadores têm nessas ocasiões. Finalmente conseguimos provar que os robalos do poço realmente eram enormes. A “prova” pesou 11,5 quilos! Restou-nos então apontar nossa máquina fotográfica e registar esse peixe para os leitores da Aruanã e para a posteridade.
Quando acabamos a sessão de fotos, a maré já estava enchendo, e devido à nossa experiência anterior, sabíamos não ser mais o melhor horário para continuar em busca dos grandes robalões. Paramos de pescar, e conversando que por muito pouco novamente sairíamos do rio da Dona sem um grande peixe.
Mas por certo, graças à nossa insistência, perseverança e fé de pescadores, conseguimos provar a nós mesmos que da outra vez, quando os grandes robalos nos escaparam, era, como dissemos na ocasião, “o dia do peixe”. Hoje, foi o nosso dia e empatamos... por enquanto.
Finalmente, dedico este peixe a todos nossos leitores que foram ao rio da Dona e não obtiveram sucesso, como aconteceu com a nossa reportagem na primeira vez.

Jaime Fernandes Filho

O local do “encontro” 


                                              INFORMAÇÃO

O poço citado nesta matéria, onde tivemos mais ação de peixes grandes, fica no rio da Dona, à direita de quem sobe, mais ou menos a 3 quilômetros da foz. Nesse local há uma casa de pescadores profissionais, com diversas canoas na margem. O local é de pedras e há um parcel que vem desde a beira do rio até mais ou menos 30 metros de comprimento rio adentro. O “poção” está logo após esse parcel de pedras.

NOTA DA REDAÇÃO: Essa foi uma das muitas matérias que a Revista Aruanã fez no estado da Bahia. E dentre todas, foi a que mais satisfação nos deu, tenho em vista a “surra” que levamos da primeira vez e a desforra concretizada.  Mas hoje, passados tantos anos (dezembro de 1996), a explicação para a surra da primeira vez, com a experiência adquirida, sabemos que nosso material de pesca, usado naquela primeira incursão ao rio da Dona, era totalmente inadequado, prestando-se sim, apesar de sua excelente qualidade, para uma pescaria de robalos menores. Não poderíamos imaginar na ocasião, encontrar um cardume de robalões naquele rio. Com certeza, e isso é uma prova de que com o material correto, nossa pescaria vai ser sempre um sucesso. Para finalizar um exemplo que demonstra isso claramente. Para a pesca de tucunarés, em represas, por exemplo, do sudeste, usamos um tipo de material. Caso formos pescar na Amazônia e a mesma espécie de peixe, nosso material terá que ser muito mais forte. Simples assim, já que nessa regra, há pouquíssimas exceções. 

sábado, 27 de setembro de 2014

AVISO AOS AMIGOS E EMPRESAS LIGADAS AO SEGMENTO PESCA AMADORA.







A Revista Aruanã, nunca teve, não tem e nunca terá nenhum representante, para falar em seu nome.












Eu, Antônio Lopes da Silva, acabo de receber de um empresário, que tem uma pousada, portanto uma empresa ligada ao segmento pesca amadora, de que um “possível representante” da Revista Aruanã, avisou de que iria ou estaria fazendo visita a seu estabelecimento, logo mais à tarde. Felizmente esse empresário entrou em contato comigo via Facebook e, avisei-o de que isso pode ser algum golpe, ou alguém querendo obter algum tipo de vantagem. Eu não autorizo a ninguém fazer tal prática, e falar ou usar nosso nome. Portanto é um estelionato e caso de polícia. E pediria um favor aos nossos amigos e leitores, se possível for, que compartilhassem este aviso.
Obrigado a todos.



sexta-feira, 26 de setembro de 2014

DICIONÁRIO ARUANÃ - ANIMAIS DO BRASIL















 


Se os papagaios em geral, em todo o mundo, atraem a atenção
 de todos, com razão os maiores representantes da privilegiada
          família Psitacídeos, as araras, têm renome especial.




Casal de araras em seu ninho



As dimensões de seu corpo e, em especial, de seu bico são notáveis, bem como o comprimento de sua cauda, cujas penas mais longas medem mais de meio metro. Outra característica marcante é seu colorido, onde só prevalecem as cores mais vivas: vermelho, amarelo e azul.
A admiração pelo colorido da arara vem desde os tempos dos índios, que arrancavam suas enormes penas para usá-las como adornos, entre as mais variadas plumagens de sua indumentária. Também nos tempos coloniais, essas lindas penas substituíram as de ganso, usadas como instrumento de escrita, porem, incolores e sem realce.
Fora do tempo de procriação, as araras vivem em grandes bandos, enfeitando magnificamente as extensas florestas. Várias são as árvores frutíferas que visitam, dando preferência aos frutos com casca dura, que seu bico rígido estala e mói. Somente na hora da alimentação cessa a algazarra estridente e ensurdecedora que, durante o vôo e o repouso, faz com que o bando nunca passe despercebido.
Hoje em dia, porém, este já não é um espetáculo que qualquer viajante possa presenciar, pois, para tanto, é preciso buscar longínquas florestas, sempre longe da civilização.
As araras fazem seus ninhos, de preferência, em ocos cavados no alto do tronco de palmeiras. Como, porém, a ave só escava um espaço que dê abrigo ao corpo propriamente dito, a longa cauda fica pendendo para fora, como a assinalar o ninho a quem queira procurá-lo.
Todas as espécies de araras grandes aprendem a falar, mas, em comparação aos papagaios legítimos, imitam com mais dificuldade a voz humana; sua pronuncia é mais carregada, menos clara e, também raramente chegam a formar grandes frases. Em compensação, faltando-lhes palavras nossas, recorrem logo ao estridente ará-ra, origem de seu nome onomatopéico que, porém, nem todas as espécies pronunciam com igual clareza.


Bibliografia: Dicionário dos Animais do Brasil (Rodolpho Von Ihering).

Nota da Redação: Foto de autoria de Kenji Honda, durante reportagem da Aruanã no rio Piqueri.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

PESCA E SOLTA: VALE A PENA OU É UMA GRANDE BOBAGEM?
















Se você se enquadra e pratica tais atos, esta postagem é dirigida especialmente a você, que mesmo sem saber ou estar mais bem informado, pratica essa “bobagem” de pescar esportivamente e mostrar com isso que está praticando a “defesa do meio ambiente” ou, se preferir, um termo mais atual “preservando”.  Tenho pena de você. Senão vejamos.










Foto Guia Gilbert.

Há meses o pescador amador/esportivo vem preparando a sua pescaria em águas mais longínquas das quais costuma pescar. Afinal de contas, um grande peixe, que irá proporcionar uma briga grande e demorada, é o sonho de todo o pescador que se preze.
Essa pescaria tanto pode ser em águas interiores (rios, lagos etc.) como no mar, tipo praia, costão, rios e baias do litoral, alto mar e na famosa água azul, onde moram os peixes gigantes, por exemplo, o marlin azul. Para os mais abastados, essas pescarias podem acontecer várias vezes durante o ano, os gastos, se comparados ao prazer, serão questão secundária.  Já a grande maioria, se contenta com uma ou duas pescarias, pois as despesas, muitas vezes, não cabem em seu orçamento, ou se couberem, irão ser resultado de uma longa poupança.
E o material de pesca? Este é outro item que também divide o pescador nas duas categorias acima citadas. E as fábricas e indústrias estão a jogar na sua cara, ofertas cada vez mais tentadoras, mostradas nas lojas de pesca. Passam-se os anos e, invariavelmente, novos produtos “nascem” como se fossem um passe de mágica. São novas varas e com vários atributos que as “outras” não tinham; linhas mais resistentes; anzóis mais fortes; iscas artificiais mais atraentes e matadoras, enfim uma gama enorme de ofertas em um mercado rico, poderoso e mundial.

Foto Fábio Nero Mitsuushi

Revistas de pesca, programas de TV, sites e blogs na Internet, além de mala direta ou propaganda nas redes sociais, completam a pafernália toda e, isso tudo para mostrar a força de marketing do segmento.

Vamos transportar você até o local da pescaria, na imaginação. Lá está você onde sonhou durante meses pela oportunidade e que agora se realiza. Um grande peixe, “seu recorde” é seu principal objetivo e, lógico, a filmagem ou a tradicional fotografia, colocando seu maior troféu de volta a água. Que sensação maravilhosa. E os cumprimentos de companheiros, guias de pesca, donos do local que tornou esse ato possível? Não existe nada melhor do que isso. Tá certo que você viu e se revoltou, com redes de pesca, tarrafas, lixo, depredação de mata ribeirinha, esgotos direto nas águas, peixes abatidos e vendidos abaixo da medida, ou se não vendidos, mortos em grande quantidade, por pescadores que vêem no pescado, nada mais do que um alimento rico em proteínas e vitaminas. 

Foto Marco Antônio Guerreiro Ferreira

Aliás, temos que concordar que em uma mesa, onde o pescado é oferecido de várias formas e receitas, é muito bom. E você, ambientalista, praticando o pesca e solta, como se a salvação da espécie estivesse em suas mãos. Você é um bobão mesmo. Aliás, eu e você, somos dois bobões, ou idiotas, ou ainda imbecis. Você escolhe, já que para nossas autoridades, nós cabemos em qualquer adjetivo desses. Essa sua ação me faz lembrar outra de tempos atrás, quando uma campanha, nos principais veículos de comunicação, proibiu os sacos plásticos nas compras de lojas e supermercados. Lembra-se disso? Se minha memória não me falhar, o slogan era mais ou menos isto: “vamos salvar o planeta não usando sacos plásticos”. E iam mais longe ainda, recomendavam que usássemos sacolas de pano (que eram vendidas nos próprios supermercados e com propaganda do estabelecimento), compradas ou trazidas de casa. Alguns estabelecimentos “mais conscientes” davam caixas de papelão gratuitamente, mesmo que elas não deveriam ser usadas para transportar produtos alimentícios, já que em sua origem, foram usadas para transporte de produtos químicos. Não vou nem comentar os resultados de tal campanha, mas por certo “alguém” lucrou muito com isso. E você pescador, participou ativamente em salvar o planeta? 

Foto Marco Antônio Guerreiro Ferreira

Mas vamos voltar à pesca.
E a esta altura da matéria, sou obrigado a perguntar se você gosta de estatísticas. Como estamos falando sobre pesca, acho que você vai gostar e querer ver o que tenho para apresentar. E são oficiais, ou seja: do Ministério da Pesca e Aquicultura do Brasil. Vou colocar alguns dados apenas, puxados dessas estatísticas, referentes aos anos de 2010 e 2011 (são os mais atuais) e, se quiser maiores detalhes, acesse o citado Ministério. Lá, você vai encontrar tudo o que precisa saber e conferir os dados que aqui apresento e, que se referem à pesca extrativa, ou seja, que são peixes tirados de nossas águas, nas chamadas regiões “continentais – águas interiores” ou marinhas, ou seja, do mar.
Vamos começar pelas licenças de pesca. O pescador amador paga para pescar embarcado/desembarcado em seu país.  O pescador profissional em qualquer categoria não. É grátis. “E ainda no site do ministério tem a frase: qualquer um pode ser pescador profissional”. Interessante é que o número de mulheres pescadoras é maior do que os homens.

Foto Marco Antônio Guerreiro Ferreira

Nós, os bobos, atingimos quase 400 mil praticantes. “Eles, quase 854 mil”. Aliás, e aqui uma informação própria: segundo uma pesquisa que fizemos, quando trabalhávamos no Jornal da Tarde, o pescador amador/esportivo, chega a 20% do total de nossa população. Estaríamos, portanto perto de 40 milhões de praticantes, ou um pouco menos. Não vou agora entrar nesse detalhe.
Para onde será que vai o valor de nossa licença? Ela é aplicada em nosso benefício?
Outra coisa: nossa categoria é chamada de pesca amadora, já que pesca esportiva no Brasil não existe de direito.
Vamos aos números de peixes exportados pelo Brasil.
Nós exportamos em 2010, das chamadas águas continentais, 248.911 toneladas, capturadas pelos pescadores profissionais. Em 2011, “um pouquinho mais”: 249.600 toneladas.

Foto Marco Antônio Guerreiro Ferreira

Espécies de peixes exportados, em toneladas:
Ano base 2010                        -                              Ano base 2011
Dourado 3.161                                                       3.184
Matrinchã 5.027                                                    5.094
Pacu 11.042                                                           11.123
Pintado 2.043                                                         2.058
Tucunaré 9.236                                                       9.344
Esses números são apenas de pesca extrativa e não de criadores, ou aquicultores.
E o mais grave de tudo: esses números são da exportação de pescados. Não estão relacionados, a quantidade dos peixes citados e vendidos no mercado interno.
Nem vou citar a quantidade extraída da pesca marinha, já que nas estatísticas elas se mostram. Cito apenas um peixe, que o pescador amador (lembre, não existe o esportivo) gosta de pescar: o robalo. E mais, na tal citada fonte, eles não diferenciam o robalo “flecha e nem o peba”. (?)
Em 2010, foram exportados 3.645 toneladas e 3.680 toneladas de robalos em 2011.

Foto Guilherme Buzato

E agora, meu amigo pescador? Gostou dos números oficiais? E sei lá como chegaram a eles, já que estatísticas no Brasil, muitas vezes, são alvos de piadas e desconfianças.
E você meu caro pescador, praticando o pesca e solta, “para salvar o meio ambiente” no Brasil e, tirando fotos para comprovar a sua boa ação. Será que uma medalha de “honra ao mérito” estará vindo por aí aos praticantes dessa modalidade?
Baseado neste artigo, em qual adjetivo você que pratica o pesca e solta se enquadra: bobão, idiota ou imbecil?
Vou finalizar. Sabendo que estamos no Brasil, às vésperas de uma eleição nos maiores cargos políticos sendo disputados e, nas propagandas eleitorais veiculadas em todos os veículos de informação, fica a indagação: quantas vezes você ouviu algo sobre o assunto desta postagem? Ou será que este assunto estará incluso, quando eles, candidatos, falam em proteger o meio ambiente?
Apenas uma frase eu tenho para confortar aos milhares de pescadores amadores/esportivos por este nosso país afora. Se você, como eu, pratica o PESCA E SOLTA, por favor, continue a fazê-lo, mesmo sabendo agora que isso não vai mudar nada e nem salvar o meio ambiente, mas pelo menos e com certeza, seremos um canalha a menos no Brasil.
Grande abraço.
NOTA DA REDAÇÃO: Este artigo não saiu publicado na edição impressa da Revista Aruanã. Ele é atual e a ideia de postá-lo, surgiu após ver os números do Ministério da Pesca e Aquicultura. Quero agradecer ao Gustavo Nero Mitsuushi e ao Marco Antônio Guerreiro Ferreira, pelas fotos aqui publicadas e, cedidas gentilmente. Evidente está que a responsabilidade desta postagem é inteiramente minha, como jornalista que sou.  Ilha Comprida, 23 de setembro de 2014.

domingo, 21 de setembro de 2014

FOLCLORE BRASILEIRO





















Os índios, observando a natureza, encontram sempre uma história para justificar certas curiosidades acerca dos animais. O japim não escapou da observação indígena, conforme nos conta esta lenda.







O japim é uma vistosa ave, negra e amarela, de cerca de trinta e três centímetros da ponta da cauda até a ponta do bico.
Constrói ninhos em forma de bolsa, sempre pendurados em árvores onde existam ninhos de certas vespas muito agressivas.
Os índios aipi-cauá, observando tal fato, logo criaram uma curiosa história para explicar a razão pela qual o japim aninhava-se na vizinhança das vespas.
Há muito tempo atrás, não se sabe bem quando, todas as aves se desentenderam com os japins porque estes tinham por costume copiar os seus cantares ao invés de possuírem o seu próprio.
As aves revoltadas resolveram se vingar e combinaram destruir todos os ninhos de japins, quebrando os ovos e matando os filhotes implumes quando os pais saíssem do ninho em busca de alimento.
Durante muito tempo as aves revoltadas destruíram os ninhos dos japins, até estarem quase extintos.
Foi quando os japins foram se queixar para certas vespas, chamadas de apiacás, com as quais mantinham relações de amizade, da desgraça que afligia a espécie. Contaram toda a história da tremenda conspiração das aves contra os japins, alegando que não faziam mal a ninguém. Eram alegres e bem humorados e por isso imitavam as cantigas de outros pássaros.
Disseram tudo isso com lágrimas nos olhos e convidaram as vespas para madrinha dos filhos.
As apiacás se compadeceram da triste história e combinaram com os japins que estes deveriam construir seus ninhos próximos a casa das vespas, podendo destas, desta forma, vigiarem os ovos e os filhotes dos japins em sua ausência.

Extraído do livro Histórias, lendas e folclores de nossos bichos, de Eurico dos Santos.


NOTA DA REDAÇÃO: O japim pertence à família Icterídios, cujo nome científico é Cacicus cela. Seu corpo tem um colorido na sua maioria preto, com dorso e asas de um amarelo vivo. Dependendo da região do Brasil, recebe nomes vulgares como xexéu, japiim, japuíra, joão-conguinho, bom-é.



terça-feira, 16 de setembro de 2014

DICIONÁRIO ARUANÃ - PEIXES DO BRASIL - PREJEREBA






















Para quem pesca no mar as épocas de certos peixes estão definidas. Sabendo disto, o pescador amador reúne o material específico para a determinada espécie e, mais dia, menos dia, vê seu esforço recompensado, começando a fisgar alguns exemplares.
Este é o caso da prejereba, que tem no mês de novembro o início de sua época mais propicia. Cientificamente chamada de Lobotes surinamensis, tem a cabeça pequena e o corpo alto, assemelhando-se aproximadamente em seu formato ao pacu. Sua cor é um prateado denegrido, assim como um cinzento metálico. É um peixe de fundo, mas comumente vem a superfície, principalmente quando encontra algum obstáculo boiando, como árvores ou paus. Desta característica vem a explicação de alguns pescadores de peixe espada para o fato de fisgarem algumas prejerebas ao pescar com bóias na superfície.
Os melhores pesqueiros nesta época são os costões de pedras e as entradas dos grandes canais e rios, já que ela se desloca para aí em busca de alimentação e para a posterior desova.
Sua carne é de excelente sabor, principalmente quando frita ou assada inteira.
Por ser a prejereba um peixe que atinge 90 cm e mais de 10 quilos de peso, é aconselhável usar na sua pesca material de categoria média, carretilha ou molinete grande e linha de bitola 0,50 mm para mais.
Quando se fisgar um peixe destes, o importante é não ter pressa para retirá-lo da água, devendo-se cansá-lo suficientemente para só então tentar trazê-lo para a margem. Isso porque, devido ao formato do peixe, sua resistência na água é muito grande.
No capítulo de iscas, deve-se indicar os pequenos siris e caranguejos, pequenos peixes, além de sardinhas e camarões. No caso de sardinhas, deve-se usar pedaços ou toletes.
Mais conhecida como prejereba, recebe, no entanto, de acordo com a região, os seguintes nomes: fregereba, brejereba, dorminhoca, peixe sono, pirajeva e piraca. Na Argentina é conhecida como burro.
Para finalizar, podemos dizer que todo o litoral é sua área de atuação, e que a melhor época para sua pesca vai de novembro a março.
  

                                                                  

                                        

DICIONÁRIO ARUANà      -      PEIXES DO BRASIL




terça-feira, 9 de setembro de 2014

ROTEIRO: PANTANAL NORTE - CÁCERES
















Ponte no Rio Paraguai em Cáceres

Chegamos à cidade de Cuiabá, procedentes de São Paulo, onde o pessoal do Pantanal Rio’s Hotel nos aguardava. Nosso destino: a cidade de Cáceres, distante 220 quilômetros de Cuiabá. Esse percurso pôde ser realizado tranquilamente em duas horas, já que a rodovia é totalmente asfaltada e em bom estado de conservação. A progressista cidade de Cáceres oferece ao visitante toda a infraestrutura necessária a um bom atendimento. Nosso destino seria junto à ponte sobre o rio Paraguai, onde há uma garagem náutica de propriedade de dois bons amigos nossos: Sílvio e Pedro. 

Pintado

Nesse local há uma rampa para a descida de barcos, facilitando muito tal tarefa, contando inclusive com a ajuda de um trator.

Desse local partimos para a sede do Pantanal Rio’s Hotel, distante 48 km rio abaixo. Esse percurso foi vencido em aproximadamente uma hora e pelo caminho encontramos várias baías de grande extensão, o que por si só atesta a boa piscosidade dessa região. Aliás, toda a região tem inúmeras dessas baías e, pelas nossas pesquisas na ocasião, destacamos principalmente três: Caiçara, Tuiuíu e das Éguas.


Rio Padre Ignácio

No dia de nossa chegada, não pescamos devido ao adiantado da hora. No segundo dia, fizemos uma primeira incursão ao rio Padre Ignácio, com suas águas cristalinas de extrema beleza, onde conseguimos fisgar alguns pintados de pequeno porte, liberados por estarem abaixo da medida. Nessa mesma manhã fisgamos ainda um jacundá e uma traíra de bom tamanho. Mais à tarde, batemos um trecho do rio Paraguai onde, usando isca de tucum e testando nossas varas telescópicas especiais, fisgamos vários pacus.

Rio Paraguai

Porém, a surpresa maior estava reservada para o segundo dia da nossa pescaria, que aconteceu no rio Jauru. Esse rio fica distante do hotel cerca de 24 quilômetros rio abaixo e pode ser dividido em dois, já que devido a enchentes ele adquiriu uma bifurcação que hoje é conhecida como Jauru propriamente dito e Jauruzinho. É um rio com muitas galhadas, que mostram ser excelentes pesqueiros de dourados, pois em todas elas formam-se pequenas corredeiras, onde essa espécie de peixe costuma ficar e caçar. Suas margens são de terra firme e, vez por outra, encontramos algumas baías. É um rio típico de Pantanal.

Jacundá

Rio Jauru


Havíamos navegado aproximadamente 5 quilômetros rio acima e o destaque principal se deu à presença de diversas vitórias-régias que, aliás, são muito comuns na região. Foi quando encontramos um cardume de lambaris em movimento. Ora, para qualquer pescador, essa movimentação significa muito peixe nobre atrás se alimentando. Aliás, essa presença se fazia notar pelos ataques diretos no cardume, já que os lambaris, na ânsia de fuga, pulavam ao mesmo tempo levantando uma verdadeira “nuvem” de peixe, chegando mesmo alguns a cair na margem e serem imediatamente atacados por aves, como garças, cabeças-secas, socós e colhereiros.

Pacus na vara telescópica

A nós restou, então, subir um pouco o rio e lançar nossas iscas no meio desse cardume.
O resultado foi imediato: fisgamos diversos pintados “na medida” nas iscas artificiais. Com as tuviras vínhamos batendo mais o meio do rio, já que com as artificiais as margens eram nosso alvo. Pois bem. Grandes pintados foram fisgados com as tuviras, o maior deles chegando a pesar cerca de 12 kg. O maior dourado fisgado pesou aproximadamente 7 kg. Com certeza fisgamos mais de 20 peixes nessa manhã, sendo que a maioria deles foi liberada.

Pintado na isca artificial

Nossa “tática” consistia pescar junto ao cardume de lambaris que subia o rio. Íamos até o início do cardume, desligávamos o motor e descíamos batendo toda a extensão do rio onde eles se mostravam, cerca de 150 metros apenas.À tarde, nos dedicamos à pesca de piraputangas e o local escolhido foi junto a um posto da Polícia Florestal, que se situa um pouco antes da foz do Jauru, junto a uma serra que forma, inclusive, um bom local para a pesca de dourados. Nesse ponto existe uma ceva mantida pelos pescadores e pesca-se da margem, usando milho como isca. 

Dourado

A piscosidade nesse local é tão grande que em cerca de uma hora fisgamos mais de 10 piraputangas, que só não foram em maior número em virtude de piaus-três-pintas, sardinhas, sauás e lambaris que atacavam nossas iscas. Vez por outro um rebuliço no poço mostrava a presença de grandes dourados, que atacavam as piraputangas.
No outro dia voltamos ao Jauru e, no local da boa pescaria, não se fisgou absolutamente nada, já que o cardume de lambaris havia subido. 

Piraputanga

Restou-nos, então, subir também o rio para ver se o cardume ainda estava em movimento. Fomos encontrá-los cerca de 10 km rio acima e, usando o mesmo método, fizemos outra excelente pescaria. Desta feita, fisgamos ainda peixes diferentes como cabeçudos, piraputangas e jurupensens, além de dourados, pintados, cacharas e as inevitáveis piranhas. O destaque desse dia ficou para um dourado de grande porte que fisgamos em uma isca artificial “Maria”, fabricada pela Yamashita, usando um equipamento ultra leve, composto por uma vara de 25 libras e uma linha 0.35mm, que nosso piloteiro Natalino afirmava que não iria aguentar.

Piau-três-pintas

A briga com esse dourado demorou alguns bons minutos, tendo inclusive nos forçado a soltar o barco e ir atrás do peixe, devido à fragilidade do material.
Provado ao Natalino que o que mais nos interessa é a esportividade, encerramos a pescaria daquela manhã, que foi bastante proveitosa em números de peixes.
Satisfeitos, eu, o Roberto, que é o dono do hotel e o Natalino, nosso piloteiro, voltamos para o almoço. Levamos praticamente a tarde toda conhecendo outros locais para a pesca mais pesada, de jaús. 

A ceva no rio
Para os pescadores que forem pescar nessa região, aconselhamos levar material mais pesado, já que são muitos os poços onde esse peixe pode ser fisgado e temos notícias de exemplares de 40 kg ou mais. Como nossa linha mais forte era uma 0,40mm, nem nos arriscamos a jogar uma isca nos poços.
O hotel oferece, ainda, outra boa opção para quem quer muita ação com os peixes. Existem no rio duas cevas mantidas pelo hotel, no sistema de “aracatacas”, ou seja, hélices que, com o movimento da correnteza, ficam cevando dia e noite o local. 


 Cacho de tucum maduro                           Pacu prata

Basta chegar nesse local para se ver a olho nu a ação dos pacus-pevas, que ficam praticamente com o lombo de fora esperando o milho que cai do ceveiro. É só se munir de uma vara telescópica, linha 0,35mm, um anzol pequeno e isca de milho e pegar quanto peixe se queira, ou por outra, fisgar quanto peixe o braço do pescador aguentar. Além de pacus-pevas, podem também ser fisgadas sardinhas, piraputangas, piaus e vez por outra, piavuçus e pacus, que inevitavelmente arrebentam a nossa linha devido ao seu tamanho e força.

Surubim cachara na tuvira

Esta foi a nossa primeira visita a essa região e, sem margem de dúvida, podemos afirmar que há muito tempo, em se tratando de Pantanal, não nos divertíamos com tantas espécies de peixes diferentes e tamanha esportividade, o que, por si só, nos faz recomendar esse roteiro para sua próxima pescaria. 




NOTA DA REDAÇÃO: Em jornalismo, aprendemos o seguinte: toda a vez que fizermos uma matéria, obrigatoriamente ela deve conter o assunto, serviços, o local, as atrações, como se chegar, preços e outros detalhes. Todos os nossos roteiros tinham essa informação e, se nós da Aruanã recomendávamos essa viagem, com certeza quem a fizesse iria encontrar todos esses itens. E, se por acaso não encontrasse esses detalhes, ou tivesse tido problemas com a estrutura do hotel, era só reclamar com a Aruanã, que nós, ao entrar em contato com o reclamado e ouvir a sua versão, tomávamos então providências. E não foi uma, nem duas vezes, mas foram muitas que, após reclamações comprovadas, tivesse o pescador seu dinheiro devolvido. Ainda aconselhávamos ao reclamado que, atendesse ao reclamante, para continuar a fazer no seu estabelecimento, uma politica de bom atendimento. A bem da verdade, do Pantanal Rio’s Hotel, nunca recebemos qualquer reclamação. Evidente está que os peixes eram um detalhe que dependiam de outros fatores alheios a nossa informação. 

Natalino à esquerda e Roberto Braga à direita


Pois bem, na reportagem original, feita em agosto de 1997, tínhamos ainda a preocupação de fornecer aos leitores, os telefones para as reservas, o que agora, em setembro de 2014, excluímos desta postagem. Mas, o nosso profissionalismo e responsabilidade ao republicar esta matéria que julgamos ainda oportuna, fez com que tentássemos entrar em contato com o hotel, com o Roberto Braga e, não conseguimos essa informação. Mandamos inclusive uma mensagem para o hotel, ou para um hotel com o mesmo nome e na mesma região, usando o “Fale conosco” dessa empresa contatada e não obtivemos resposta. Portanto, queremos excluir a nossa responsabilidade em afirmar tudo o que está publicado nesta postagem nos dias atuais, carecendo ao pescador que queira fazer uma pescaria nesse local, se cercar de maiores e mais completas informações.